domingo, 16 de novembro de 2008

Fetichismo

Na sociologia ,Karl Marx faz uso do sentido de “feitiço” para explicitar o que ocorre com o valor de troca da mercadoria.Este encobre a relação entre os homens no que diz respeito à força de trabalho empregada..As pessoas acabam por relacionar -se através das coisas, ficam sendo aquilo que possuem. O objeto parece ter autonomia em si.Fica encoberto que o seu sentido se dá na utilização pelos seres humanos
A análise do fenômeno do fetichismo complementa-se com a visão psicológia, sobretudo de Freud.Aqui o fetichismo ocorre quando o vazio que deveria ser ocupado pelo seu objeto de desejo (sexual) é substituído por outro objeto qualquer (tendo relação com o genital no nível inconsciente )..Há duas formas de escolha de fetiche: uma indicaria somente condição fetichista relacionada ao objeto sexual e a outra ocorreria quando o fetiche toma o lugar do objeto de desejo de fato e quando ele se desliga do individuo tornando-se o único capaz de substituir o genital em um processo inconsciente .Esta última maneira é o que caracteriza a patologia.

É possível relacionar o fetichismo psicanalítico com o do marxismo na contemporaneidade no sentido em que o fetiche (objeto) viria como proposta para realização dos desejos. Ocorre o duplo fetichismo, o maquiamento dos processos de produção e dos processos subjetivos. .É nessa orientação que Baudrillard vai usar o termo objeto-signo para referir-se ao que ocorre na sociedade de consumo onde a aquisição dos objetos agregam adjetivos como atitude, estilo,personalidade.Daí, o sujeito ancora-se no consumo de signos para organizar seus conflitos e buscar a onipotência do narcisismo.Dentro desse contexto temos a atuação da publicidade, que age missionariamente promovendo o fetichismo ultilizando-se do vazio deixado pelo objeto para estimular o consumo em nome da realização dos desejos dentro de uma lógica coerente com o mercado.Fato que não foi contemplado positivamente dentro da Camerata SESI_UFC pois ela difere consideravelmente da realidade cultural atual onde existe uma estrutura que direciona e arquiteta toda uma massificação de gostos. Trabalhar com música erudita não nos pareceu enquadrar-se na indústria cultural.

Compreendendo que o fetichismo marxista é inerente a sociedade capitalista em que estamos inseridos, vamos nos atentar para o conceito freudiano para analisar sua relação com o grupo social escolhido.Foi percebido que existe forte investimento libidinal nos instrumentos dos músicos.Sendo, então, o instrumento seu objeto de fetiche.Em mas das falas de um dos componentes da camerata foi colocado que o instrumentos é como se fosse uma extensão do próprio corpo.
.Pela nossa observação concluímos que o reconhecimento do trabalho e esforço pela sociedade é funciona como idéia fetiche que norteadora do grupo.Uma das falas de FULANO exemplifica bem isso “ aquela dos aplausos”.

Um comentário:

Vinho Suave disse...

acho ótemo tu colocar tua parte do trabalho aqui. pena que não li antes de escrever a minha. :P
se bem que nem tinha como ficar muito diferente baseando-se naquele texto chatinho.