sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Florentino Ariza era ainda jovem quando se apaixonou por Fermina Daza.Ele fez dela o foco de sua vida.Dois anos depois trocando cartas de amor, ele resolve pedir a mão da jovem em casamento e assim, estabelecer o que a teoria de Erik Ericson chama de intimidade.Para pontuar tal afirmação, citemos o referido autor:

“Assim, o adulto jovem ,que emrege da busca e persistência em identidade, anseia e se dispõe a fundir sua identidade com a de outros” (pg. 245)


Ela pedi-lhe que espere mais dois anos antes de casarem.Infelizmente seu desejo de concretizar união com sua “deusa coroada” não pode ser realizado,pois o pai de Fermina, Lozenzo Daza, descobre o romance quatro meses antes do combinado casamento e não permite.Ele enxerga a filha como uma jóia e o matrimônio como um negócio onde ele mesmo pode ascender socialmente.Florentino é um apaixonado e pobre jovem não condiz com seus planos.Lorenzo chega a ameaçar Florentino e até a própria filha. Percebe-se claramente que ele não tem maturidade paterna.A tarefa da generatividade não lhe é bem resolvida.

Fermina casa-se com o bem sucedido e respeitado médico Juvenal.Então,Florentino entra em crise passa por um período de isolamento sofrendo as dores do amor não correspondido.Decide seguir fiel à amada até o dia em que é violentado por uma mulher desconhecida .A partir daí ele investe sua libido difusamente em mais de 600 mulheres
Para Erik Erickson a generatividade compreende o âmbitos psicossexual e psicosocial.O primeiro não foi exercido por Florentino.Já o segundo ele realizou em seu trabalho.
Florentino assume uma vida boêmia e discreta.Ele ainda tem esperanças quanto à Fermina.A primeira vez que sentiu-se abalado foi quando viu a amada e o esposo no teatro.Ele reparou que ela havia envelhecido assim como ele.Nesse momento ele temeu que ela partisse antes do marido.

SANDRA E LÉO

Léo
Locadora anda meio parada.Acho que terei que fechá-la antes que eu fique em prejuízo e não consiga nem pagar o empréstimo.
Fora isso, tenho outro problema que atende pelo nome de Sandra.Ela suspeitou que estava grávida e me contou.Eu fiquei estático com a notícia ... foi uma bomba pra mim.Era tudo que eu não queria pensar.Eu ainda me acho novo demais pra isso.E ela também.Somos dois imaturos nessa história toda.A minha reação foi de espanto e ela entendeu que eu não estava dando-lhe apoio como deveria.Verdade, não estava mesmo.Eu é que precisava de apoio.Eu mal saí da casa do meu pai....não consigo nem pensar em ser...ser um.Brigamos como nunca havíamos discutido antes.
Ela saiu de casa.Foi morar com a prima.Isso faz três semanas.Há duas semanas ela veio pra dizer que queria pegar a tv,algumas roupas e pra dizer que não estava grávida.



Sandra
Eu trabalhei duro no supermercado pra levantar uma parte do dinheiro da compra dos filmes.A idéia da locadora parecia que ia dar certo.Deu tudo errado.E eu ainda saí perdendo nessa confusão toda.
Eu deixei o Léo.Nós brigamos feio, faz três semanas amanhã.Eu achava que estava grávida e fui contar pra ele.Ele não demonstrou qualquer preocupação em relação nós (eu, ele e o neném).Ele foi bruto, estúpido... ele só falava que não podia ser verdade.. que não tinha como isso ter acontecido porque ele sempre se cuidava.Ele chegou a dizer que eu que queria isso, que a culpa era minha.Saí de daquela casa na mesma hora!Peguei o que podia e fui pra casa da minha prima.
Três dias depois disso a minha menstruação veio.Fiquei realmente feliz por não ser verdade.Não quero ter um neném filho de um cara tão bruto.Ficava imaginando como seria cuidar dele...depois eu tentava fugir disso , esquecer.
Foi até bom isso ter acontecido porque assim eu vi quem era realmente o Léo.

domingo, 16 de novembro de 2008

Fetichismo

Na sociologia ,Karl Marx faz uso do sentido de “feitiço” para explicitar o que ocorre com o valor de troca da mercadoria.Este encobre a relação entre os homens no que diz respeito à força de trabalho empregada..As pessoas acabam por relacionar -se através das coisas, ficam sendo aquilo que possuem. O objeto parece ter autonomia em si.Fica encoberto que o seu sentido se dá na utilização pelos seres humanos
A análise do fenômeno do fetichismo complementa-se com a visão psicológia, sobretudo de Freud.Aqui o fetichismo ocorre quando o vazio que deveria ser ocupado pelo seu objeto de desejo (sexual) é substituído por outro objeto qualquer (tendo relação com o genital no nível inconsciente )..Há duas formas de escolha de fetiche: uma indicaria somente condição fetichista relacionada ao objeto sexual e a outra ocorreria quando o fetiche toma o lugar do objeto de desejo de fato e quando ele se desliga do individuo tornando-se o único capaz de substituir o genital em um processo inconsciente .Esta última maneira é o que caracteriza a patologia.

É possível relacionar o fetichismo psicanalítico com o do marxismo na contemporaneidade no sentido em que o fetiche (objeto) viria como proposta para realização dos desejos. Ocorre o duplo fetichismo, o maquiamento dos processos de produção e dos processos subjetivos. .É nessa orientação que Baudrillard vai usar o termo objeto-signo para referir-se ao que ocorre na sociedade de consumo onde a aquisição dos objetos agregam adjetivos como atitude, estilo,personalidade.Daí, o sujeito ancora-se no consumo de signos para organizar seus conflitos e buscar a onipotência do narcisismo.Dentro desse contexto temos a atuação da publicidade, que age missionariamente promovendo o fetichismo ultilizando-se do vazio deixado pelo objeto para estimular o consumo em nome da realização dos desejos dentro de uma lógica coerente com o mercado.Fato que não foi contemplado positivamente dentro da Camerata SESI_UFC pois ela difere consideravelmente da realidade cultural atual onde existe uma estrutura que direciona e arquiteta toda uma massificação de gostos. Trabalhar com música erudita não nos pareceu enquadrar-se na indústria cultural.

Compreendendo que o fetichismo marxista é inerente a sociedade capitalista em que estamos inseridos, vamos nos atentar para o conceito freudiano para analisar sua relação com o grupo social escolhido.Foi percebido que existe forte investimento libidinal nos instrumentos dos músicos.Sendo, então, o instrumento seu objeto de fetiche.Em mas das falas de um dos componentes da camerata foi colocado que o instrumentos é como se fosse uma extensão do próprio corpo.
.Pela nossa observação concluímos que o reconhecimento do trabalho e esforço pela sociedade é funciona como idéia fetiche que norteadora do grupo.Uma das falas de FULANO exemplifica bem isso “ aquela dos aplausos”.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Tomei Café...

Hj nos vemos
amanhã é saudade
Depois é lembrança
Aí vem a raiva
Depois me conquista
as outras possibilidades
Me pega pela mão
deixa eu despentear teu cabelo
Deixa eu ancorar meu relógio
no teu colo
Deixa eu com meus apelos
Mas não me deixe com meus passos tortos
ficar lá atrás como se eu fosse
um traste
"tu és a tela irreal onde erro em cor a minha arte" (não é meu.. é de outra Pessoa.Entendeu o trocadilho?)
..............
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.O meu eterno inverno aqui.Espero no frio o frio passar.
E hoje ele veio com a fúria de uma náufrago com o peso da sede de seis dias.
E falou sobre outros lábios e outra tênue liberdade que queria tocar.