sábado, 2 de maio de 2009

Pois bem....

Todos os sinais e todos o véus que usei acenando pra você era falsos pretextos.
Tudo que disse ainda há pouco era pura queda, era puro abismo... era eu perto das seis da tarde ( você bem sabe o que significa isso).
Eu sou todo diacrônico.
Eu sou todo desleixado.Você bem sabe que eu ando esquecendo minha idade.De quem é a culpa?É minha.Eu sou o tolo.
Você é meu pior sintoma.O pior de todos eles.
Você é o estrangeiro que bate à minha porta.Quem é você?Você sabe do meu vício e sabe que meu mal é ser sempre pequeno.Eu é que no meu lugar calo.Você no meu lugar usurparia-me a morada e eu ia cantar no frio uma canção que ninguém entenderia.
Os Outros perguntam "o que houve com sua voz?" e eu digo que estou bem.Todos eles desconhecem o tártaro em que se encontra meus pensamentos.
Estou tão cansado de fingir.Eu sempre fico tentando dar uma última chance pra mim mesmo.Fico contando com a sua boa-vontade em desenhar o mapa pra mim.Não queria seis laudas...mas queria os elementos necessários pra eu fazer o caminho de volta para o melhor abrigo que conheço.Ainda é possível?Não sei se será o mesmo de antes ou se eu terei que disputar com as sombras.Não tenho mais forças admito!Admito minha total descrença e meu pessimismo febril.Não seja covarde como eu sou... não tenha piedade de mim como eu também não tenho.Tire minha roupa e deixe-me nu em praça pública.Só não fure meus olhos.Não fure meus olhos:não me poupe da honestidade.

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