terça-feira, 23 de junho de 2009

O teu nome eh o que eu sou
O teu gosto eh o que eu faco
O teu rosto eu remodelo

E o sorriso que eu te dou, congelo
Congelo dias e horas e momentos
Congelo o que nao existe
Congelo tudo, paro tudo, faco rodar, faco viver, faco morrer

Faco o que preciso for
Faco, desfaco Desisto
Dou tempo, Perco tempo
Nao entendo

O teu semblante eh azul-lilas
Teu prazer e minha melacolia
Teus dias longe
Eu quero perto

O meu aceno desajeitado
Minha voz tremula que nao eh ouvida
Eu invento e desinvento
Prefiro teu fantasma
Prefiro o tom errante da tua voz no inverno

Eu prefiro quando nao sabes
prefiro ateh nem preferir nada, mas prefiro
Bobagens sao teus sonhos vazios
Voce se vende barato

Voce nao entende valores
Eu tambem nao sei medir
Nossas vidas sao mudas ateh qnd a gente nao sabe
E nao se entende o sentido

Voce eh guitarra, aviao e uma cerveja
Eu sou chocolate, minha tristeza racional e minha alegria sem sentido
Nos somos desmedidos
Nos nao fazemos sentidos, mas nos sentimos

Nos nos perdemos em 2007

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Delírios...

Entre a ponderação e o delírio há sempre aquele instante. Há medo, espanto, impulso, pulo, sonho, alvo. Há vertigem, estranheza, solidão. Há cuidado, cautela, desejo. Há calor, pulsar, suspiros. Há o novo, o desconhecido, o mais que conhecido. Há prazer, aprendizado, esquiva. Há um tudo junto misturado dentro de um peito que só é um. Há explosão, surpresa, paixão. Há vida, há sempre Vida.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

A última carta

Ela carregava no bolso esquerdo aquilo que pra ela era como se fosse um mapa.No bolso esquerdo do seu casaco ela levava aquilo que pra ela representava todo um mundo onde ela poderia adormecer sem que necessário fosse conferir as portas e as janelas.Levava no bolso uma carta e a cada dois minutos ela a tocava por cima da roupa como se com isso pudesse obter algum tipo de calor.
Ela tinha sempre um olhar meio desconfiado.Olhava as pessoas com um certo rancor e pensava que se por algum motivo rissem dela ou a julgassem mal, ela iria tirar do bolso o pequeno pedaço de papel onde estava escrito...O que estava escrito?Ela também não sabe.Ela disse que iria olhar somente quando precisasse e até quando suportasse saber que existe algo em que acreditar.
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N. Andrade