Não, meu querido, não tentes. Minhas lágrimas tem muito veneno, e tu, com tua delicadeza extrema, com teus olhos de menino, não saberias chorá-las. Tu tens a ela. Aliás, tens a elas todas (sempre esqueço que são muitas). Eu nem mais as minhas tenho, então derramarei a saudade em meio à solidão, que é só minha e sempre. E ficarei a cavar vós, como sempre fiz, à procura da beleza que não tenho e que ninguém verá.
Não repares que haja tanta tristeza aqui. Que esperavas de alguém cujo nome é melancolia?